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Especialista alerta sobre consequências do rebaixamento do topo do pistão do motor

O Conarem fornece detalhes sobre o procedimento de rebaixamento do topo do pistão e as consequências dessa prática para os motores. Conforme explica Roberto Canassa Júnior, engenheiro mecânico, instrutor e consultor técnico do órgão, quando o pistão está acima da especificação recomendada pela montadora em relação ao bloco do motor é preciso substituí-lo por um com altura de compressão reduzida de fábrica, assim não é necessário fazer o procedimento de rebaixamento. Caso não exista pistão adequado, o reparador deve considerar as recomendações da fabricante do motor.

O especialista ressalta que os motores sofreram modificações com o objetivo de atender as normas vigentes, tanto no sistema periférico como em seus componentes internos, incluindo o próprio pistão. Ele lembra que os pistões na linha diesel 15 anos atrás eram produzidos em liga de alumínio, e que dificilmente tinham galeria de arrefecimento no topo ou eram compostos por cabeça de aço ou ferro forjado e saia de alumínio.

Segundo Roberto, com a evolução dos motores e as novas regras de emissões, muitos pistões passaram a receber galeria de arrefecimento. Além disso, as galerias ficaram maiores e mais próximas dos anéis. Outras modificações que ocorreram nos pistões foram: câmaras de combustão com ressaltos internos, tratamentos superficiais no topo, redução de sua altura, anéis de segmento mais próximos do topo, alteração de perfil, dentre outras modificações.

Com todas estas alterações nos propulsores, de acordo com o especialista, o procedimento de usinagem do topo do pistão, já ilegal há 15 anos, e que agora se torna ainda mais proibitivo, é utilizado para o reaproveitamento do bloco do motor e nunca foi permitida porque altera as características dimensionais da câmara de combustão e zona de fogo, modifica o perfil da saia durante sua fixação para o rebaixamento do topo e compromete a fixação do porta anel.

Outra recomendação do Conarem, é que seja verificada a existência ou fornecimento ao mercado de pistões com altura de compressão reduzida de fábrica. Caso não existam, o reparador deve considerar as recomendações da montadora/fabricante do motor. O órgão acrescenta que nenhum fabricante de pistões mantém a garantia do produto após alteração de suas características dimensionais e construtivas.

Consequências da usinagem do pistão*

– Surgimento de trincas na borda da câmara devido à alteração do raio de concordância e redução da distância entre o topo e o canal do primeiro anel de segmento;
– Injeção irregular de combustível na câmara de combustão, com possível início de engripamento do pistão e cilindro que ocorre por causa da redução do volume da câmara de combustão;
– Ruídos anormais e possíveis engripamento devido à deformação do perfil da saia durante a fixação do pistão para o rebaixamento;
– Soltura do porta anel do topo devido a vibrações não controladas causadas pela ferramenta de usinagem durante a usinagem do topo.

*Informações do Conarem (Conselho Nacional de Retíficas de Motores)

3 comentários em “Especialista alerta sobre consequências do rebaixamento do topo do pistão do motor

  1. Olá Rogério, infelizmente não conseguimos fazer o diagnóstico a distância. Recomendamos que você procure um mecânico especializado para avaliar o veículo.

  2. Olá ótima noite meu nome é Rogério Sousa tenho uma frontier 2011 o bloco foi rebaixado e o pistão tb! Queimou a junta após uma semana! Oque devo fazer?

    Grato pelo retorno Att Rogério Sousa Orleonrastreamento.com
    11 96116 9667

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