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Em busca de Alternativas

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Quem trabalha em oficina sabe: é sempre uma tremenda dor de cabeça quando um componente complexo, como um alternador, apresenta defeito. Ainda mais se o veículo é importado ou tem um pouco mais de idade. Trocar o conjunto por um novo, genuíno da montadora do veículo? Bem, sem sobra de dúvidas de que se trata da solução mais atrativa. Afinal de contas, a mão de obra será a menor possível, possibilitando uma alta rotatividade do Box de serviço. Além disso, se o componente apresentar defeito basta recorrer à garantia do fabricante.

Seria a solução perfeita se os preços praticados para essas peças nos balcões das concessionarias, não provocassem infartos, tanto no mecânico quanto no cliente. Além disso, mesmo que o cliente esteja disposto a arcar com a salgada despesa para ter o seu carro rapidamente liberado, não há qualquer garantia de que a peça será facilmente encontrada, ainda mais quando se trata de um item de pouco giro, logo, raramente estocado.

Se o item ainda estiver em fornecimento, sua espera, dependendo do fabricante, pode chegar a meses. Agora, se o mesmo não é mais fornecido ou o cliente não quer (ou não pode) arcar com um custo elevado, a solução é procurar por alternativas. E o “Guerreiro das Oficinas” deve estar sempre preparado para encontrar essas alternativas, tomando sempre o cuidado de consultar o cliente antes de tomar qualquer decisão.

Pois bem, na falta ou na impossibilidade de se adquirir o componente genuíno (tendo como hipótese que o cliente deseja substituir o componente como um todo), a melhor opção é procurar o componente original (aquele que não leva a marca da montadora do veículo, mas é produzida por quem supre a linha de montagem). Trata-se de material de excelente qualidade, maior disponibilidade no mercado e menor preço. Via de regra, contam com suporte técnico, garantia e assistência técnica de marcas bastante tradicionais, que enxergam o mecânico como um parceiro. Como reveses desta solução, pode-se citar o custo ainda relativamente elevado e a indisponibilidade para modelos mais antigos (importados e nacionais).

A terceira e mais praticada opção é a reparação do conjunto. Apesar de exigir mais tempo, local, ferramentas, equipamentos e treinamento especializado, esta tem sido a opção mais adotada pela grande maioria das oficinas, ao longo dos anos, devido ao menor custo para o cliente, além de gerar uma maior margem de contribuição para a oficina. Os grandes reveses desta solução residem na disponibilidade e preço das peças de reposição e disponibilidade de informações técnicas para reparação e teste do conjunto. Peças genuínas, apesar da qualidade, são bem mais caras e por vezes difíceis de encontrar podendo, até mesmo, inviabilizar o conserto.

A alternativa mais confiável é a utilização das peças originais. No entanto, quando se trata de alguns modelos importados e/ou mais antigos, o mecânico tem grandes dificuldades de encontrar componentes originais, sendo obrigado a apelar para o mercado paralelo, cuja qualidade do produto, por vezes, deixa muito a desejar. A baixa durabilidade e/ou desempenho sofrível desses componentes, via de regra, provoca, além do retrabalho, grande desgaste do relacionamento com o cliente, principalmente quando o mesmo não é consultado a respeito da utilização desse tipo de matéria prima. Por essa razão, essa opção só deve ser utilizada em último caso e, mesmo assim, com autorização expressa do dono do veículo.

Uma quarta alternativa diz respeito a uma prática que, dentro do mercado da reparação automobilística, tem conseguido superar uma série de preconceitos, obtendo cada vez mais respeito entre os mecânicos: a utilização do componente remanufaturado a base de troca. Porém, antes de tudo, é preciso relembrar o conceito de remanufatura: “reconstrução do componente, pelo fabricante (original de preferência), com o mesmo critério e peças utilizadas no componente novo. O reaproveitamento se faz apenas daquilo que apresenta plenas condições. E a garantia oferecida deve ser a mesma do componente novo”.

Sua utilização acelera bastante o processo de reparação, aumentando a rotatividade do Box, além de proporcionar a garantia do fabricante como retaguarda à oficina. No entanto, nem sempre o fornecedor apresenta o componente desejado à pronta entrega. Além disso, devido ao seu maior custo, tende a diminuir consideravelmente a margem de contribuição da ordem de serviço.

Dicas:

Nem sempre é fácil localizar no mercado um componente mais complexo: seja como um todo ou suas peças de reposição. Assim, para evitar grandes perdas de tempo, damos algumas dicas que podem ajudar o “Guerreiro das Oficinas”, na hora de consertar ou substituir um desses componentes.

A consulta às autopeças e concessionárias utilizando um número de referência (part number) genuína ou original, além de acelerar o processo, diminui a margem de erro na hora de cotar e comprar.

Sites de vendas diretas, como o “Mercado Livre”, podem ajudar muito na localização de itens raros e fora de linha. Muitas autopeças anunciam seus estoques antigos lá. No entanto, deve-se tomar cuidado com a procedência do material. Sites de localização como o “Peças Online” também ajudam muito na localização de itens “difíceis”. No entanto, para uma consulta rápida é preciso ter em mãos o part number genuíno (antigo e o mais atualizado possível).

• Peças genuínas:

São encontradas nos catálogos de peças das montadoras. Essa literatura, via de regra, é vendida na forma de um arquivo único ou de uma assinatura mensal. São de grande utilidade no cotidiano da oficina, pois servem como base segura na obtenção de números de referência específicos de um determinado modelo. Essas referências (part number genuíno) além de acelerar o processo de cotação junto às concessionárias, também servem como base na busca nos catálogos de outros fabricantes e remanufaturadores (referência cruzada). No entanto deve-se tomar cuidado. Esses números são constantemente atualizados.

• Peças originais:

São encontradas nos catálogos dos fabricantes que fornecem as montadoras. Essa literatura, geralmente, é fornecida gratuitamente por meio de um arquivo eletrônico ou acesso livre ao site da empresa. Assim como os catálogos das montadoras, são de grande utilidade no cotidiano da oficina. Na grande maioria dos casos apresentam, ao lado da referencia própria (part number original), o número da peça genuína (part number genuíno), ou mesmo, uma tabela de referência cruzada, o que diminui muito a possibilidade de escolha de uma peça errada.

• Paralelo nacional e importado:

São encontradas nos catálogos de outros fabricantes. Essa literatura, na maioria das vezes, é fornecida gratuitamente impressa, por meio de arquivo eletrônico ou acesso livre ao site da empresa. Assim como os demais catálogos, são de grande utilidade no cotidiano da oficina. Costumam apresentar ao lado da referência própria os part number genuíno e/ou original. No entanto, é preciso tomar cuidado. Alguns catálogos (sobretudo os importados) apresentam cruzamentos errados de referências.

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