Propulsor 1.2L Puretech de 3 cilindros do Grupo PSA Peugeot Citroën traz duplo sistema de refrigeração, correia sincronizadora banhada em óleo, entre outras soluções
Texto: Edison Ragassi
Fotos: Alexandre Villela
Em abril de 2016, a Peugeot passou a utilizar no compacto 208 o propulsor 1.2L Puretech de 3 cilindros. Em junho foi a vez da Citroën equipar seu compacto com o mesmo propulsor. Fabricado na França, ele é montado em bloco de alumínio, recebeu sistema de injeção Flex, que aceita etanol, gasolina ou a mistura dos dois em qualquer proporção. Para isso, aumentaram a taxa de compressão (de 11:1 para 12,5:1), reforçaram os pistões, mancais e sedes de válvulas. Incluíram aquecimento dos bicos injetores para a partida a frio. O comando é variável na admissão e escape, tem duplo sistema de arrefecimento para bloco e cabeçote.
O coletor de escapamento é integrado ao cabeçote e a correia sincronizadora banhada em óleo, entre outras soluções.
O nome técnico dado pelo Grupo PSA Peugeot Citroën é EB2M FF que entrega 90 cv (E) /84 cv (G) a 5.750 rpm e torque de 13,0 kgfm (E) /12,2 kgfm (G) a 2.750 rpm.
Nesta edição, Renato Borbon, responsável pelo treinamento pós-venda da rede de concessionárias das marcas francesas, mostra os detalhes técnicos e de construção deste propulsor que figura entre os mais avançados do mundo.
Sensores de sistema
Estes sensores funcionam como os da injeção eletrônica dos motores convencionais.
1. Sensor de oxigênio (Sonda lambda). A peça pré-catalisador está localizada na parte superior do motor.
2. Sensor de pressão absoluta do coletor de admissão e temperatura do ar de admissão.
3. Conjunto do corpo de borboleta e coletor de admissão. Na parte interna, os dois potenciômetros da borboleta.
4. Sensor de pressão do óleo do motor.
5. Pressostato de climatização para a medição da pressão do sistema de refrigeração.
6. Sensor de fase do comando de admissão.
7. Sensor de fase do comando de escapamento.
8. Sensor de temperatura do líquido de arrefecimento.
9. Sensor de detonação colocado na parte traseira do motor.
10. Sensor de fase do escapamento.
11. Sensor de temperatura do líquido de arrefecimento.
12. Sensor de fase de admissão.
13. Sensor de pressão do óleo.
14. Sonda pós-catalisador.
15. Sensor que monitora a depressão do servo-freio.
16. Sensor de rotação do motor.
Atuadores
17. Três bobinas individuais.
18. Corpo de borboleta com o atuador elétrico.
19. Alternador com gestão eletrônica, participa das informações na rede multiplexada.
20. Eletroválvula do comando do variador de fase de admissão.
21. Eletroválvula do comando de escapamento.
22. Eletroválvulas injetoras de combustível com resistências aquecedoras.
23. Eletroválvula do variador do comando de admissão (VVT).
24. Eletroválvula do escapamento.
25. Eletroválvula da purga do cânister.
26. Bomba de combustível.
Calculadores
27. Módulo de injeção eletrônica fornecido pela Valeo (modelo AV46) com três conectores.
28. Central de serviços do motor.
29. Bateria. Sempre obedecer a especificação correta da fabricante do veículo ao substituí-la, pois, uma bateria errada compromete todo o sistema elétrico do veículo.
30. Calculador localizado no polo negativo da bateria (caixa de carga da bateria). Faz a gestão do que entra e sai de carga, trabalha diretamente com o outro calculador que é o alternador. Recomenda-se, ao utilizar carga auxiliar, que o conector deve ser colocado na chapa e não direto no polo, pois pode queimar o calculador.
31. Caixa de serviços inteligentes localizada no interior do veículo.
32. Conector de diagnósticos (OBD).
33. IHCU – Central de controle do sistema de partida a frio com dois conectores, localizada no lado esquerdo atrás do para-choque dianteiro.
34. Calculador do ABS.
Estratégias de funcionamento do sistema de injeção eletrônica Para auxiliar no arranque quando o carro sai da inercia, ao acionar a embreagem, a rotação do propulsor elava-se de 750 rpm para 1.200 rpm. Ao acionar a embreagem e o freio, a rotação volta ao regime de marcha lenta.
Veja na próxima edição (nº 273) da Revista O Mecânico a Parte 2 desta matéria, mostrando a estrutura do motor, com as peças móveis, sincronismo e muito mais.
Colaboração técnica – SENAIIpiranga “Conde José Vicente de Azevedo”.