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Entrevista: É o mecânico que indica a peça

Hans Eckert, presidente da Elring Klinger do Brasil, conta um pouco sobre a história da marca, da atuação junto aos mecânicos e dos planos para o futuro quando o assunto é juntas automotivas, chapas defletoras e tampas plásticas de comando de válvulas

 

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Revista O Mecânico: A Elring Klinger tem sua matriz na Alemanha e no Brasil mantém instalações em Piracicaba há 15 anos. Como foi trajetória da marca nesse período?
Hans Eckert: Iniciamos a empresa no meu apartamento. Logo em seguida, estávamos em um galpão alugado, onde começamos a produzir juntas de cabeçote, juntas especiais e defletores de calor. Com menos de 6 meses de fabricação, já fomos certificados com o QS-9000 e na reposição fechamos um contrato de fornecimento com a Mahle/Metal-leve. Sempre crescendo mais de 30% ao ano, em 2005 inauguramos nossa sede própria e em 2007 lançamos nossa marca Elring na reposição, seguindo a trajetória de liderança de nossa matriz na Europa com mais de 135 anos.

 

O Mecânico: No Brasil, quais componentes são fabricados e qual a capacidade produtiva da fábrica?
Hans: A Elring Klinger do Brasil produz anualmente 16 milhões de juntas automotivas, 8 milhões de chapas defletoras e 1 milhão de tampas plásticas para comando de válvulas de motor. O volume de produção da empresa deve crescer 60% nos próximos cinco anos.

 

O Mecânico: Qual porcentagem é destinada ao mercado de reposição sob a marca Elring Das Original? Qual a importância desse público para a marca?
Hans: O faturamento da reposição corresponde a 5% do faturamento da empresa aqui no Brasil. Mas temos crescimento previsto de 30% a 40% ao ano, índice bem acima do crescimento da empresa, que está previsto em 15%.

 

O Mecânico: Os produtos Elring Klinger têm bastante força no mercado de OEM, ou seja, direto nas montadoras. Quais montadoras usam seus produtos e quais são os novos projetos? Tem fornecimento para as marcas chinesas, por exemplo?
Hans: A Elring está presente em todas as montadoras espalhadas pelo mundo, sendo que, hoje, 65% dos veículos fabricados no Brasil saem com nossas juntas de cabeçote e demais peças. Também está presente em 16 países com 34 fábricas, só na China temos três fábricas que atendem a todos os clientes locais.

 

O Mecânico: Tecnologia e sustentabilidade são questões primordiais dentro das grandes fábricas. Quais ações da Elring Klinger nesses dois campos aqui no Brasil?
Hans: A Elring Klinger é pioneira em sustentabilidade. Nos anos 90, foi a primeira a eliminar totalmente o amianto, chumbo e o cromo, usar solventes biodegradáveis entre outras iniciativas. Temos vários prêmios ambientais, com destaque ao bicampeonato do prêmio Ford Ambiental. Todos nossos produtos e processos são ambientalmente amigáveis e desenvolvemos constantes pesquisas para continuar a inovar em sustentabilidade. Além disso, também apoiamos muitas ações sociais e de artes e cultura, como projetos regionais com incentivo da Lei Rouanet, beneficiando a empresa com apuração de impostos de renda.

 

O Mecânico: Os produtos da marca são aplicados diretamente nas montadoras de veículos leves e pesados, o que demanda muito desenvolvimento e tecnologia. A peça que vai para reposição segue o mesmo processo de qualidade e garantia?
Hans: Sim, exatamente o mesmo produto, com matéria-prima e processos idênticos. Não temos linhas “paralelas” de produtos, ou seja, não existe uma segunda linha. Mantemos o mesmo padrão de qualidade para todas as peças fabricadas.

 

O Mecânico: A Elring Klinger tem boa participação no mercado de veículos pesados, quais produtos exatamente são destinados para esses modelos? Dá para estabelecer uma porcentagem entre leves e pesados?
Hans: A participação de 65% nos motores montados no Brasil é válida tanto para leves quanto pesados.

 

O Mecânico: Em relação às novas tecnologias, como por exemplo, juntas para os motores Euro V, a Elring já está preparada para atender essa nova lei tanto na montadora quanto na reposição?
Hans: A Elring é uma das duas empresas no mundo que possuem juntas que conseguem vedar os motores Euro V, porém, já está há mais de 2 anos desenvolvendo produtos para o Euro VI, que chega ao Brasil após 2014. Como sempre, os produtos da reposição atendem exatamente os mesmos critérios dos produtos das montadoras.

 

O Mecânico: Em sua opinião, o mecânico é um formador de opinião?
Hans: Sim. No caso das juntas e vedações em geral, quem toma a decisão sobre qual marca será montada é o mecânico, é ele quem indica a peça, sendo o responsável pela escolha da marca da peça que será aplicada no carro do seu cliente. Então, ninguém melhor do que ele para eleger quais são as melhores e as mais usadas na sua oficina.

 

O Mecânico: Quais as ações que a marca tem preparado para se aproximar do mecânico independente?
Hans: Temos várias ações: Projeto Atualizar O Mecânico (ciclo de palestras promovido pela Revista O Mecânico nas feiras do setor), Educação continuada (Sindirepa), Maxxi Training (Grupo DPK), Convênio Senai, assistência técnica direto da fábrica ao aplicador (0800 774 7464), entre outras ações por todos os cantos de nosso País.

 

O Mecânico: Qual é a maior carência dos aplicadores? Como a Elring pode ajudar nesse sentido?
Hans: A maior carência é a falta de informação sobre os novos veículos. Como participamos de praticamente 100% dos desenvolvimentos mundiais de motores, temos muita informação para compartilhar com os aplicadores e buscamos passar estas informações através dos programas citados anteriormente, bem como pelos nossos informativos técnicos INFOTEC que são distribuídos a todos no nosso mailing.

 

O Mecânico: É fato que a Elring Klinger participa de todas as feiras regionais e eventos do setor. Qual a importância dessa ação?
Hans: Nestas feiras temos a oportunidade de conversar com muitos aplicadores em um curto espaço de tempo, seja nas palestras do Projeto Atualizar O Mecânico ou diretamente em nosso estande. É muito difícil reunir todo este público fora das feiras, com eventos isolados.

 

O Mecânico: O que a marca tem preparado para o Brasil nos próximos anos? E para o mercado de reposição?
Hans: A Elring está sempre inovando e investindo muito em novas tecnologias. Além dos tradicionais produtos, já temos uma divisão dedicada à eletrificação, fabricando células de combustível, regeneradores de energia “Kers”, conjuntos de contadores especiais para carros híbridos e elétricos e, recentemente, após a aquisição da HUG-AG, também temos disponíveis kits de atualização para motores eletrônicos de Euro III para Euro IV, sendo a única empresa a fornecer a solução completa com catalisador, filtro de particulado, regenerador e todo o sistema eletrônico. Nosso objetivo é sempre superar as expectativas de nossos clientes com programas de investimentos direcionados para atender toda e qualquer necessidade do mercado, seja aumentando a capacidade produtiva, qualificação de mão de obra ou no desenvolvimento de novos produtos e serviços, oferecendo soluções com tecnologia adequada às aplicações.

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