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Conheça o câmbio CVT do Renault Captur



SUV da marca francesa ganha a nova versão da caixa de câmbio CVT X-Tronic nas versões equipadas com motor SCe 1.6 de 120 cv

Texto: Fernando Lalli
Fotos: Fernando Lalli/Divulgação


Lançado em fevereiro de 2017, o Renault Captur já vai ganhar um reforço em sua linha. Disponível inicialmente com duas combinações de trem de força (1.6 com câmbio manual e 2.0 com câmbio automático), agora o SUV tem uma terceira opção: a caixa de câmbio CVT X-Tronic acompanhando o motor SCe 1.6 de 120 cv de potência.

Caixa CVT X-Tronic foi atualizada e calibrada especialmente para o uso no Captur


A caixa de transmissão que equipa o novo SUV é uma evolução: está 13% mais compacta e 10% mais leve do que aquela que, no Brasil, estreou no final da década passada na linha Nissan.

Alavanca é semelhante a de um câmbio automático convencional


Veio para ficar
O câmbio CVT (Continuously Variable Transmission) consiste na adoção de duas polias de diâmetro variável ligadas entre si por uma correia. Uma das polias está ligada ao motor pelo conversor de torque (polia principal) e a outra ao sistema diferencial (polia secundária). Conforme uma das polias diminui seu diâmetro “abrindo”, a outra aumenta seu diâmetro “fechando”, o que altera a velocidade de rotação de seus eixos – a grosso modo, pode ser comparado ao sistema de marchas em uma bicicleta, só que sem escalas determinadas.

Correia é formada por dois anéis de metal e centenas de lâminas de aço, semelhantes a grampos, dispostas horizontalmente


No caso da caixa CVT da Renault-Nissan, a diferença para os demais é que, entre o diferencial e polia secundária, está o pacote X-Tronic, que funciona como uma caixa de redução e, também, contém em si a marcha-à-ré.

Sistema X-Tronic funciona como uma caixa de redução na saída para o diferencial


A relação de diâmetro entre as polias, e a variação de velocidade de rotação, determina a força que é transmitida para as rodas. Diz-se que o câmbio CVT tem relações de marcha infinitas, porque não há as escalas de marchas que existem em câmbios mecânicos ou automáticos convencionais. Isso faz com que o motor, teoricamente, sempre trabalhe na rotação mais próxima da ideal de acordo com a demanda de aceleração.

Conversor de torque em corte


No caso da caixa do Captur, há a simulação de seis velocidades, através de relações determinadas entre as polias que estão pré-programadas na unidade de gerenciamento eletrônica da caixa.

Unidade de gerenciamento eletrônica da transmissão está localizada na caixa de velocidades


Considerando os números oficiais, a Renault afirma que a caixa CVT melhorou a economia do Captur com motor 1.6 em 3,5% em percurso rodoviário, quando comparado ao mesmo veículo com câmbio manual. Em regime urbano, por sua vez, houve uma piora em 3%, mas manteve a nota “A” do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular do Inmetro entre os veículos de sua categoria.


Detalhe do diferencial


Lubrificação pilotada
Além do pacote X-Tronic, segundo a engenharia da Renault, outra diferença do câmbio do Captur para outras caixas do tipo CVT é o sistema de lubrificação. Ao invés da correia e polias rodarem imersos no óleo, a X-Tronic tem uma bomba de óleo pilotada que lubrifica o mecanismo de acordo com a demanda. Essa medida reduz o atrito do movimento das peças em 30%, afirma a fabricante.

Filtro deve ser trocado juntamente com o óleo no período de 100 mil km. Observe a localização do resfriador de óleo e a canaleta do circuito de lubrificação


Vai virar padrão?
A Aliança Renault-Nissan, hoje, fabrica mundialmente 1 milhão de caixas de câmbio CVT X-Tronic por ano. No mercado brasileiro, a fabricante aplica a tecnologia nos modelos Sentra, Kicks, Fluence e, agora, no Captur. A Renault aposta que as duas versões do Captur 1.6 CVT (Zen e Intense), juntas, correspondam a 50% das vendas daqui em diante.



Outras marcas, como a Honda, também apostam no CVT como uma alternativa mais simples às caixas automáticas convencionais, que são mais caras e complexas. Para se ter uma ideia, em nível mundial, as vendas de veículos equipados com câmbios CVT devem atingir 12% do total até o ano de 2020, conforme os dados da IHS Automotive. Assim, amigo mecânico, é bom prestar atenção a esta tecnologia, porque, se ainda não apareceu, ela pode desembarcar na sua oficina em breve.

7 comentários em “Conheça o câmbio CVT do Renault Captur

  1. Comprei uma Captur automática em 2018 e a correia do câmbio arrebentou do nada agora em junho de 2022. O carro está com pouca quilometragem e fiz todas as manutenções na concessionária. Agora falaram que tenho que trocar o câmbio todo, Prejuízo final: 28 mil reais. Quase metade do valor que paguei pelo carro. Renault nunca mais!

  2. Boa noite, acabei de tirar meu Captur 1.6 cvt zero da concessionária. Percebi que andando com o carro, quando para no semáforo o câmbio da um leve tranco com um barulho como se tivesse engatando uma marcha. Quando tira o pé do freio para voltar a andar faz a mesma coisa. Fui na concessionária averiguar e disseram que é normal, que é do projeto desse câmbio
    Será mesmo? Posso confiar?

    Pesquisando achei essa reclamação parecida
    https://www.reclameaqui.com.br/renault/captur-okm-com-trancos-no-cambio-cvt_NAQmbkPNeyGuxb5t/

  3. Quero comprar um Captur mas tenho duvidas a respeito do cambio, sou ainda do tempo antigo, confio mais no cambio manual. Vocês tem publicação comparativa do cambio manual com o x-tronic>

  4. ADQUIRI UM CAPTUR 2018, PARA MIM ELE TEM 3 GRANDES FALHAS: NÃO LIGA FAROL AUTOMÁTICO. COM ESSA NOVA LEI DE FAROL LIGADO NEM SEMPRE LEMBRAMOS. NÃO TEM SENSOR DE ESTACIONAMENTO DIANTEIRO. NEM DE FABRICA PARA COLOCARMOS. O MAIS GRAVE: NAS SUBIDAS QUANDO ALCANÇAMOS CAMINHÕES PARA ULTRAPASSARMOS ELE NÃO TEM ARRANCADA. DEMORA DEMAIS. É UM RISCO MUITO GRANDE DE ACIDENTE. ELE NÃO TEM UMA MARCHA FORTE PARA ARRANCAR RAPIDO. NÃO ESTOU SATISFEITO.

  5. Um fato curioso na minha Captur CVT intense modelo 2018 é que no modo manual só aparecem apenas 4 marchas. Isto está certo ou a Renault esta tapeando a caixa AT 4 dizendo que é CVT com simulação de 6 marchas, ou o gerenciamente eletrônico da caixa de marchas de meu carro veio trocado?

  6. O raro é ler informações sobre tempo de duração sem manutenção, sem desembolsar muito neste sistema CVT automático existente. E também
    risco deste sistema falhar na estrada numa
    ultrapassagem ou cruzamento de transito rápido.
    Isto ocorre com correias de comando do motor
    e as consequencias são imprevisiveis.

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