Superbanner - Texaco (30/08 a 24/01/24)

Conceito do sistema e manutenção dos injetores do Fiat Bravo

9804

 

Confira a análise completa da injeção eletrônica do motor E-TorQ 1.8, que equipa o hatch médio da montadora italiana, conferindo os sensores e o procedimento de teste com scanner
 

Fernando Lalli

 

O primeiro carro equipado com injeção eletrônica de combustível no Brasil foi o Volkswagen Gol GTi, lançado no já longínquo ano de 1989. Sim, faz 21 anos que esse sistema está presente no nosso mercado, mas, mesmo assim, muita gente do setor ainda o trata como novidade, quando, na verdade, deveria ser algo familiar a todos os profissionais da reparação.

 

Desde então, o sistema vem sendo aperfeiçoado para melhorar o desempenho e aumentar a eficiência dos motores, além de reduzir o consumo de combustível e atender aos controles de emissão de poluentes cada vez mais rígidos. É visto como um mistério por muitas oficinas independentes, muito por falta de investimento em treinamento e equipamentos e, ao mesmo tempo, encarado como um nicho de mercado por muitos outros profissionais, que tratam de se especializar.

 

Para ajudar os reparadores a entender um pouco melhor sobre esse mistério tecnológico dos veículos modernos, mostramos nesta edição o conceito e os procedimentos de teste do sistema de injeção eletrônica do novo motor E-TorQ 1.8 do Fiat Bravo Dualogic, desenvolvido pela Magneti Marelli em parceria com a montadora italiana.

 

De acordo com o gerente comercial e engenheiro da Magneti Marelli, Eduardo Campos, muitos mecânicos executam procedimentos desnecessários na hora da manutenção do sistema de injeção, que podem danificar o motor e piorar o “quadro clínico” do carro.

 

9833

 

9833

 

Orientações para o mecânico

 

Para reparar o sistema sem “achismos”, é necessário antes de tudo fazer um diagnóstico com scanner para identificar os reais problemas. No caso do Bravo, o conector do scanner fica na região do painel de fusíveis abaixo do volante, à esquerda do motorista. A verificação de falhas no sistema deve ser feita no mínimo a cada 30 mil km.

 

9884

 

No procedimento foi utilizado um software do próprio fabricante do sistema através de um laptop, mas, o mecânico pode utilizar um scanner atualizado. Ao fazer o diagnóstico, se identificar falhas em componentes específicos do sistema, o técnico deve fazer a troca da peça, inclusive do injetor.

 

“Uma prática comum nas oficinas é a limpeza dos bicos injetores, que também pode prejudicar o funcionamento do motor caso o serviço seja feito sem ser realmente necessário”, alerta Eduardo.

 

Ele conta que, com o uso do veículo, na região externa dos injetores vão se formando depósitos de sujeira pelo acúmulo de poeira, terra e umidade que, quando seca, forma uma “mini cerâmica”. “Quando o injetor é desconectado do motor, o anel de vedação pode se romper por causa dessa cerâmica e causar uma entrada de ar falsa no coletor”, adverte.

 

9805

 

Mesmo se o anel estiver em perfeitas condições depois da remoção, se a ponta do injetor não estiver bem limpa, a sujeira pode entrar no motor na hora da montagem. “Essa sujeira pode danificar anéis ou até mesmo riscar o cilindro”, alerta Eduardo. Caso o injetor seja desconectado da galeria de combustível, pode também cortar o anel de vedação dessa extremidade, assim podendo causar vazamentos ou mesmo o entupimento do bico pela entrada de impurezas.

 

9895

 

Se depois de uma análise bem feita com scanner for constatado que há alguma diferença de vazão dos bicos injetores por entupimento ou qualquer outro tipo de anomalia, aí sim deve ser feita a limpeza de bico. “Em carros com consumo elevado de óleo, pode se formar um depósito na ponta do bico injetor, uma espécie de ‘goma’, e isso pode realmente diminuir a vazão, mas essa seria uma anomalia do motor.”, pondera Eduardo. “De nada adianta limpar o bico sem consertar o motor e eliminar o problema de origem”, completa.

 

Para evitar procedimentos desnecessários, o mecânico deve sempre orientar o seu cliente a não abastecer o carro com combustível de qualidade duvidosa, que pode conter impurezas e causar depósitos no motor, entupir filtros e prejudicar todo o sistema de injeção.

 

Procedimento de desmontagem da galeria de combustível

 

9872

 

Caso seja realmente necessário partir para a reparação dos componentes, siga as instruções e trabalhe em um ambiente limpo.

 

1) Comece pela remoção do filtro de ar. Primeiro, solte a abraçaceira à direita. Depois, desconecte a mangueira do blow-by (1A), à esquerda do filtro.

 

9847

 

9877

 

2) Desencaixe a tomada de ar, também à esquerda. O filtro de ar poderá ser removido puxando a peça inteira para cima, tomando cuidado para não danificar os três coxins pelos quais a peça fica presa. (2A)

 

9837

 

9839

 

3) Sem o filtro, vá para a galeria de combustível. Para começar sua remoção, desengate a válvula de partida a frio nos dois pontos de fixação com a ajuda de uma chave de fenda.

 

9830

 

4) Em seguida, remova a válvula do cânister, que também está fixada na galeria, apertando a trava e puxando o componente para cima.

 

9887

 

5) Depois, remova os dois parafusos de fixação da galeria com chave torx T 30.

 

9848

 

6) Para retirar a mangueira de combustível, pegue um pano que não solte fiapos para conter possíveis vazamentos que possam ocorrer nesse momento, pois pode haver combustível sob pressão e causar algum acidente.

 

9819

 

7) Desconecte a galeria de combustível do bloco, tomando muito cuidado para não danificar os bicos injetores e seus anéis de vedação, muito menos deixar que a sujeira acumulada na região do coletor e da galeria não vá para dentro do motor. Os conectores do chicote ligados aos injetores devem ser tirados com a mão, apertando a trava.

 

9891

 

8) Apesar da baixa rodagem, o Bravo da reportagem continha sujeira na ponta do bico injetor devido ao acúmulo de impurezas do ambiente. Para evitar que ela entre no motor e cause problemas, limpe-a com um pano utilizando um pouco de gasolina, que pode ser a que estiver acumulada dentro da própria galeria. Também não se esqueça de limpar o lado do coletor, que é onde está o maior acúmulo de sujeira. O procedimento de montagem é o inverso da desmontagem.

 

9821

 

Mais informações: Magneti Marelli (11) 2144-1916

2 comentários em “Conceito do sistema e manutenção dos injetores do Fiat Bravo

  1. Eu tenho uma Fiat bravo 1.8 16v ano 2012 motor E – torq, como eu abro a porta Ela parou de acionar a bomba, isso a aconteceu como começou robô de garga na bateria, Mais como dou partida no carro a macha fusionar, mais quando Esquenta a caixa de fusível quê ficar do lado da bateria a macha pula para neutro.

Envie um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

css.php