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Bicos injetores: afinal de contas, devemos limpar ou não?

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Até alguns poucos anos, a resposta para essa pergunta seria imediata: sim, claro! As dúvidas poderiam residir apenas sobre qual método ou equipamento utilizar. Ainda mais porque a variedade de marcas e modelos disponíveis no mercado era enorme: desde o mais simples, que apenas promove a limpeza por ultrassom (ou por solvente), até os mais sofisticados que também oferecem testes de estanqueidade e de vazão nos mais variados regimes de funcionamento do motor, além de outros recursos. E o mercado da reparação sempre foi sedento por este tipo de equipamento. Afinal de contas, o combustível de baixa qualidade, quando usado durante muito tempo, rapidamente forma depósitos no interior dos injetores, que provocam entupimentos e/ou perda de estanqueidade. E o Guerreiro das Oficinas conhece muito bem as consequências que eles trazem.

 

Em boa parte dos casos, os sintomas se resumem a uma irregularidade de funcionamento do motor em marcha lenta, falhas durante a aceleração e dificuldades na partida. No entanto, a situação pode se tornar bem mais grave se o tratamento for muito postergado. Vários são os casos relatados de calço hidráulico provocado por injetores que travaram abertos, ou cabeças de pistão furadas devido a pré-ignição provocada por injetores entupidos (mistura pobre).

 

Para solucionar estes problemas, a limpeza sempre se mostrou bastante eficaz e economicamente viável, tanto para o mecânico como para o cliente. E não é para menos: a remoção dos depósitos costuma devolver ao componente as suas condições de funcionamento originais (excetuando-se aqueles que se encontram muito desgastados). Além disso, o processo é muito mais barato do que a substituição dos injetores (recomendada por algumas marcas importadas). Há casos onde um jogo de injetores novos vale mais do que o veículo no mercado nacional.

 

Com a melhoria da qualidade do combustível e o advento do sistema Flex, a tendência à formação de depósitos tendeu a diminuir. Afinal de contas, segundo algumas correntes de pensamento, a alternância de combustíveis nos motores Flex reduz a formação de depósitos. Além do mais, alguns fabricantes afirmam categoricamente que seus novos injetores não necessitam de limpeza. E é claro que, enquanto esses veículos são pouco rodados e se encontram dentro do período garantia, a probabilidade de ocorrer algum problema é muito baixa. Logo, nada mais correto do que seguir rigorosamente as recomendações da montadora. Mas à medida que o carro vai envelhecendo…

 

Pois é, o “bico sujo” continua a causar problemas nos veículos mais velhos, que costumam utilizar combustível mais barato. Trocar os injetores por outros mais modernos? Nem pensar! Essa solução não cabe no bolso. A solução é limpar.

 

Mas como saber se o injetor realmente necessita de limpeza? E, se necessita, como limpar?

 

Os testes que ajudam a diagnosticar os injetores continuam os mesmos de tempos atrás, exceção feita àqueles utilizados em sistemas de injeção direta, que necessitam de equipamentos especiais.

 

Um bom equipamento, dotado de provetas graduadas e que simula o funcionamento do motor, é mais do que suficiente. O ideal é comparar os volumes injetados pelos injetores testados com os produzidos por injetores similares novos (dentro da mesma condição de teste). É também preciso verificar a equalização entre os injetores (todos devem injetar a mesma quantidade). Tão importante quanto verificar a vazão dos injetores é verificar a sua estanqueidade. Um teste que não pode deixar de ser feito.

 

Caso os injetores sejam reprovados nos testes, é hora de tentar uma limpeza.
Procedimentos que utilizam solventes devem ser vistos com reserva. Alguns produtos, quando admitidos nas câmaras de combustão podem provocar o desplacamento de crostas de carvão que podem se prender entre as sedes e os assentos das válvulas, prejudicando a vedação das mesmas. Isso sem falar no ataque químico que pode ocorrer no interior dos injetores e seus anéis de vedação.

 

A melhor solução continua sendo a limpeza por ultrassom, que tem se mostrado eficiente e segura há muitos anos. Pode demorar um pouco mais, mas o resultado é sempre satisfatório.

 

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4 comentários em “Bicos injetores: afinal de contas, devemos limpar ou não?

  1. depois de estudar e conhecer a construção dos bicos injetores como também conhecer a opinião de engenheiros de mecânica automotivo sobre a qualidade do combustível chego a conclusão que o mesmo não suja e sim carbonizam

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