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A nova cara da Automec

Desfalcada dos seus principais expositores, a maior feira de autopeças do Brasil deu espaço para empresas de menor porte e mostrou um público muito interessado em conhecer os novos produtos e em atualização

Carolina Vilanova

 

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Quem observou com atenção o corredor principal do Anhembi percebeu muita diferença em relação às edições anteriores da Automec: estandes sem grandes ostentações e marcas bem menos conhecidas do que as de costume. Isso aconteceu porque os principais fabricantes de autopeças do Brasil, geralmente empresas multinacionais, optaram por não participar dessa edição da feira, a maior da América Latina, por causa do corte de custos acarretado pela crise financeira internacional.

 

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Mas isso não impediu que o público de quase 70 mil pessoas visitassem a 9ª edição da Automec (Feira Internacional de Autpopeças, Equipamentos e Serviços), realizada entre os dias 14 e 18 de abril, no Parque do Anhembi, em São Paulo/SP.

 
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Ao todo, foram 968 expositores, sendo 542 nacionais e 426 empresas estrangeiras, principalmente, chinesas. Do grupo dos grandes fabricantes, os que marcaram presença foram: ACDelco, Alfatest, Bosch, Borgwarner, Continental, Corteco, Dayco, DHB, Elring Klinger, Goodyear Engeneered Products, MTE-Thomson, Saint Gobain, Volkswagen, entre outras.

 

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O evento contou com a participação de várias caravanas de mecânicos vindas de todo o País, como a de Araguaia, cidade do estado de Tocantins, com um grupo de mais ou menos 20 empresários que vieram com a turma do SEBRAE para conhecer as novidades da feira e saber o que o mercado de autopeça prepara para o futuro próximo.

 

“Quem esteve na AUTOMEC pode ocupar espaço junto à indústria e à malha distributiva e com certeza terá mais oportunidades de se aproveitar desse momento de reação da economia”, analisou Evaristo Nascimento, diretor da Reed Exhibitions Alcantara Machado, organizadora do evento. Ele destacou a presença de 130 novos expositores, de médio e pequeno porte.

 

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A Revista O Mecânico levou para a Automec uma carreta-estande, onde recebeu clientes e amigos. Além disso, o público contou mais uma vez com as informações técnicas do ciclo de palestras do projeto Atualizar O Mecânico.

 


Como comprar de novos fornecedores

 

A Automec 2009 mostrou para os profissionais ligados ao setor da reparação que o universo das autopeças e equipamentos automotivos está maior do que há alguns anos, com a entrada de novas empresas, o que significa mais oportunidade de negócios. A ausência dos grandes fabricantes deu chance aos pequenos de mostrarem seus produtos aos visitantes da feira.

 

Muitas dessas empresas oferecem produtos de qualidade, trabalham na conformidade e prezam a honestidade e respeito pelos seus clientes, os mecânicos. Por outro lado, existem também as não idôneas, que tentam tirar vantagem com preços baixos e produtos sem qualidade. Portanto, é fundamental saber diferenciá-las para comprar com tranqüilidade e garantia.

 

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“Cabe aos reparadores fazer uma análise técnica dos produtos e da qualidade da empresa, incluindo assistência técnica, garantia e rapidez para solucionar eventuais problemas”, alerta José Palacio, auditor do IQA (Instituto da Qualidade Automotiva).
Antes de comprar peças de uma nova empresa, o reparador deve esclarecer as seguintes questões: qual prazo de entrega, como é o suporte técnico, se tem atualizações, se são oferecidos treinamentos e visita de técnicos. “Isso é muito importante para não cair numa armadilha”, completa.

 

“Esses são os cuidados que qualquer consumidor deve ter na hora de comprar um produto que é novo no mercado”, diz Fernando Landulfo, instrutor de mecânica do SENAI – Ipiranga. “Trace um paralelo, compare com os preços e as vantagens das marcas mais conhecidas e renomadas, com as quais você já trabalha. Não adianta ser barato, se não tem assistência técnica e nem pós-venda”, comenta.

 

Os especialistas garantem que abrangência e preço são alguns critérios que devem ser analisados ao comprar novos produtos. Se forem equipamentos, o mecânico deve analisar ainda o valor agregado da compra, ou seja, facilidade de manutenção e garantia. “Conversar com pessoas que já utilizaram os produtos é uma boa dica para comprar de uma nova empresa, mas não esqueça de avaliar o atendimento do vendedor”, finaliza.

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Expositores

“A ausência dos grandes fabricantes deu oportunidade para os pequenos mostrarem os seus produtos, o que sempre é bom para os consumidores. Entramos numa nova era de feira, com um público seletivo e interessado nas novidades”, Marisa Martinez, Alfatest.

 

“É de extrema importância mostrar a marca, apesar da diminuição no movimento neste ano. No evento, a empresa está mais focada no atendimento ao cliente do que na venda propriamente dita”, Rodrigo Piola, Bardahl.

 

“As visitas ao nosso estande superaram as expectativas. Os resultados são positivos e a perspectiva de novos negócios já compensa o investimento da feira”, Sergio Veinert, BorgWarner.

 

“Apesar da crise, resolvemos participar da Automec porque nos consideramos os melhores parceiros dos mecânicos, até nas horas da crise, então estamos aqui para mostrar para eles o que temos de novo”, Carlos Alberto Barbosa, Bosch.

 

“Tivemos um grande movimento em nosso estande e aproveitamos para divulgar a nossa linha de pneus e correias de motor. Recebemos visitantes de vários estados do Brasil e da América Latina, que podem gerar futuros negócios”, Franja Cicutt, Continental Pneus.

 

“A feira está bem legal, nos dará a oportunidade de realizar negócios novos no mercado internacional. Além disso, a feira é a única manira de mostrar os produtos aos nossos clientes”, Gabriella Pavanelli, Contitech.

 

“Adorei a feira! O público está muito mais qualificado, o que gera mais negócios. Descobrimos o quanto a Dayco é querida entre os mecânicos, isso mostra que as campanhas valem a pena”, Talita Peres, Dayco.

 

“Foi uma decisão difícil, mas resolvemos investir e mostrar que apesar da crise estamos prontos para apoiar o cliente. E valeu a pena, essa foi a melhor Automec que participamos, temos muitos negócios em vista”, George Luiz Rugitsky, Freudenberg – Corteco.

 

“Notamos um movimento menor, embora o público visitante esteja mais focado. O momento é bom, afinal, com a crise internacional os consertos de carros cresceram, possibilitando aumento de clientes nas oficinas”, Luis Abílio Marques, Gedore.

 

“Avaliamos como positiva e produtiva nossa participação, Fizemos muitos contatos que poderão resultar em novos negócios. Lançamos produtos e apresentamos o novo carro da Stock Car”, Ivan Furuya, Goodyear Engeneered Products.

 

“A Automec é importante para manter um bom relacionamento com os clientes e saber das suas necessidades. A feira é propícia para os negócios, principalmente, voltados à exportação”, Daniel Randon, Grupo Randon.

 

“Esta é uma feira consagrada, em nenhuma outra temos o movimento da Automec. A mudança no horário reverteu na visitação de público mais profissional e atendimento mais qualitativo, conseguimos captar melhor o que o cliente deseja e, assim, traçar melhor nossa estratégia”, Alfredo Bastos Júnior, MTE-Thomson.

 

“Tudo está ótimo! O horário da feira, o público, a circulação. Estamos fazendo muitos contatos com muitas prospecções de clientes. Está
tudo muito profissional”, Ingrid Luporini, Luporini.

 

“A feira é uma ótima chance para mostrar os produtos da empresa, mesmo tendo menor público nessa edição. É importante participar de um evento como a Automec, fiquei surpreso em andar pela feira e não ver as grandes marcas”, Silvio Luis Ratão, Raven.

 

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