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Entrevista: A confiança do mecânico no produto é fundamental

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Diretor Comercial da Susin Francescutti, Ronaldo Susin fala sobre o mercado de reposição, focando na linha pesada, e as perspectivas para o ano de 2015

 

Revista O Mecânico: Conte-nos um pouco da história da Susin Francescutti. Como a empresa surgiu?
Ronaldo Susin: A Susin Francescutti começou como uma pequena oficina em Caxias do Sul (RS) no ano de 1954, chamada Mecânica São Luiz. Na época, a SF contava com quatro sócios (João Francescutti – nosso atual diretor, Waldomiro Susin, João Susin e Arlindo Susin). Depois, Sigilfrido Lazzarotto uniu-se ao grupo.
Em 1957, a empresa passou a chamar-se Susin Francescutti & Cia. Inicialmente, era feito o conserto de motores estacionários a gasolina e diesel. Não havia peças de reposição na época e por essa razão os sócios começaram a investir na fabricação de componentes. Produziam válvulas, pistões, anéis, blocos, cabeçotes, mas o foco tornou-se a fabricação de virabrequins, que, junto aos comandos de válvulas, são o carro-chefe da Susin Francescutti até hoje, com mais de 1 milhão de virabrequins de aço forjado produzidos.

 

O Mecânico: Hoje, como está estruturada a empresa? Em quais mercados a empresa atua neste momento?
Ronaldo: A Susin Francescutti conta com mais de 300 colaboradores, que atuam nas áreas de engenharia, usinagem, forjaria, tratamento térmico, gestão, entre outros setores. A empresa atende principalmente o mercado de reposição automotiva nacional e internacional de virabrequins e comandos de válvulas. Também atua no mercado OEM nacional e internacional, tanto para linha de montagem como para reposição original.

 

O Mecânico: Quais são os produtos fabricados para o mercado automotivo (OEM e reposição)?
Ronaldo: Virabrequins e comandos de válvulas, especialmente para motores diesel.

 

O Mecânico: Qual é a importância do mercado de reposição automotiva para a empresa? Quanto essa fatia do mercado representa na produção da Susin Francescutti?
Ronaldo: Tem uma importância enorme. A reposição representa em torno de 60% do faturamento no exercício de 2014.

 

O Mecânico: Qual é o processo de qualidade envolvido na fabricação das peças para a reposição? Existe alguma diferença na qualidade dos produtos que vão para a reposição e os que vão para a aplicação original de fábrica (OEM)?
Ronaldo: A SF é certificada ISO 9001 desde 1997 e está implementando a
ISO/TS 16949, com previsão de certificação no início de 2016. Trabalhamos também com a metodologia lean em nossos processos, o que permite um grande ganho de performance e qualidade na organização como um todo.
Quanto à diferença entre os produtos, não é feita nenhuma alteração no processo produtivo, seja para o mercado de reposição ou OEM. Todos respeitam as especificações e normas de qualidade estabelecidas.

 

O Mecânico: Quais serão os próximos passos da empresa no setor da reposição automotiva?
Ronaldo: A diversidade de motores no mercado aumentou significativamente nos últimos anos e estamos aumentando nossas linhas em novos segmentos. Estamos atuando nas linhas de virabrequins e comandos de válvulas com foco estratégico no lançamento de produtos, tanto para o segmento de utilitários e vans como para os pesados e extrapesados.

 

O Mecânico: Qual é a importância do mecânico automotivo para a Susin Francescutti? O mecânico influi na escolha da peça pelo proprietário do veículo?
Ronaldo: Este profissional é essencial para o nosso negócio. É ele um dos principais influenciadores no processo, tanto na decisão de substituição da peça velha como na marca a ser utilizada. Trabalhamos com itens que são importantes no motor e de alto valor, por isso, a confiança no produto é fundamental, e esta relação precisa ocorrer com todos os envolvidos no processo, mas em especial com o mecânico e o retificador.

 

O Mecânico: A Susin Francescutti desenvolve alguma ação para levar informação técnica ao mecânico? Como e onde essa ação acontece?
Ronaldo: Estamos continuamente trabalhando para entregar conhecimento aos nossos aplicadores. Isso é realizado por meio de visitas técnicas a clientes, visita de clientes à fábrica, canal de suporte 0800, material técnico impresso e em vídeo.

 

O Mecânico: Quais cuidados o mecânico deve ter na hora de escolher uma peça de qualidade?
Ronaldo: É importante estar atento principalmente ao suporte técnico, garantia, escolher uma marca forte e também conhecer a procedência da peça.

 

O Mecânico: Quais são as expectativas da Susin Francescutti para o ano de 2015?
Ronaldo: Avaliamos com cautela o mercado e estamos engajados para buscar um crescimento real de 5% fortemente associado à melhoria no mercado externo, que hoje supera 30% do nosso faturamento. No mercado interno, vamos entregar uma maior diversidade de produtos, buscando minimizar o impacto negativo previsto para o setor de autopeças.

 

O Mecânico: A implementação do Euro 5 em 2012 mexeu com o mercado de veículos pesados. Como vocês viram o impacto das novas regras e como elas afetaram a Susin Francescutti?
Ronaldo: A implementação do Euro 5 teve um impacto significativo em nossa empresa. Houve um aumento na diversidade e na complexidade dos virabrequins e comandos de válvulas, nos dedicamos para a qualificação dos nossos funcionários e investimos em tecnologia para a atualização do parque industrial com a intenção de atender às exigências em vigor.

 

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Linha de produção da fábrica da Susin Francescutti em Caixias do Sul/RS

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